jantar de família

Só damos conta da importância que as rotinas do dia-a-dia têm quando deixamos de as conseguir fazer. Por exemplo, jantar com a família reunida quando o pai vai viver para um lar de idosos.

Nós acreditamos que temos um papel importante em preservar e criar memórias de família. Por isso, convidamos os filhos, netos e sobrinhos para jantar com os pais, avós e tios no Porto de Abrigo. Não é preciso um pretexto para comemorar nem um motivo para celebrar. Fizemos um jantar de família, com todas as famílias, grandes e pequenas, em nossa casa.

São momentos simples, da rotina do dia-a-dia, que constroem momentos felizes na história de todas estas famílias que, de alguma forma, estão ligadas a nós.

Acreditamos que tenha sido uma noite agradável, tendo em conta os elogios que recebemos e a boa disposição de todos os presentes. 

Por fim, queremos deixar registado um singelo agradecimento ao grupo musical Gente Madura por trazer música ao nosso jantar.

Gostamos muito!

 

O Mergulho da Primavida

Implementar a filosofia Humanitude e adotar a metodologia e prestação de cuidados Gineste-Marescotti na prática diária de cuidados, na organização e funcionamento da casa e na criação de instrumentos de trabalho, não é fácil. É normal sentir que a tarefa é grande de mais e que não se sabe por onde começar.

A realização de dois dias de formação imersiva no Abrigo, que designamos por Mergulho, surge da constatação desta dificuldade e pretende possibilitar às instituições que já fizeram a formação em Humanitude, conhecer em detalhe, observar a prática e vivênciar o funcionamento do Porto de Abrigo - Unidade Humanitude. 

Foi neste âmbito que recebemos a Primavida, uma residência sénior da freguesia de Amor em Leiria, para a realização de um Mergulho.

Receber uma outra organização que, tal como nós, presta cuidados a pessoas idosas, e que nos procura para connosco aprender é uma responsabilidade muito grande. Queremos corresponder às expectativas. Queremos proporcionar um momento de aprendizagem significativo. Demonstrar o que fazemos no dia a dia não é fácil. Obriga-nos a distanciarmo-nos do que nos é familiar, do que para nós se torna tão evidente. Só a sistematização da nossa prática e da informação que produzimos nos permite partilhar com objetividade e ajudar a construir conhecimento. 

A realização da formação imersiva "Mergulho em Unidade Humanitude" é o contributo do Abrigo para a disseminação dos cuidados em Humanitude. É o nosso contributo para mudar, mesmo que devagarinho, o mundo da prestação de cuidados a pessoas idosas.

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Boas práticas são para partilhar

 

Na sequência de uma visita que recebemos em Fevereiro no Porto de Abrigo, surgiu um convite muito especial: partilhar com todas as instituições que integram a rede social de Guimarães a nossa experiência como Unidade Humanitude. 

Quando nos convidam para falar do que fazemos todos os dias, sentimos orgulho. Sentimos também uma espécie de vergonha que não é falsa modéstia... é uma espécie de constrangimento bom causado pela atenção que estamos a receber. Ficamos felizes por perceber que o que temos a dizer interessa a outras pessoas. Felizes por perceber que há muitas pessoas que partilham das mesmas preocupações que nós. Somos muitos a querer fazer melhor e disponíveis para ouvir outras experiências para com elas aprender. 

As palavras de apreço e valorização pelo trabalho desenvolvido no Porto de Abrigo foram calorosas e muitas. Essas palavras de reconhecimento serão entregues à equipa de cuidadores que todos os dias procura aperfeiçoar o seu desempenho e cuidar com o coração.

O nosso agradecimento à senhora vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Guimarães, Drª Paula Oliveira, pelo convite, pela presença e pelo apoio na divulgação da importância de olhar para os cuidados que todos os dias prestamos como os cuidados que gostaríamos de receber.

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Os lares do futuro

O seminário "Os lares do futuro e o futuro dos lares" foi organizado pela União Concelhia de IPSS de Águeda e pelo Projeto Ganhar Sorrisos, com o apoio da Câmara Municipal de Águeda. Foi com satisfação que aceitamos o convite para dar o nosso testemunho enquanto Unidade Humanidade. É sempre um orgulho partilhar a experiência do Porto de Abrigo. 

Quando começou a obra do Porto de Abrigo, começou também a construção da organização e funcionamento da casa. Sabíamos bem o que queríamos. Dia após dia, fomos conseguindo construir uma boa casa para viver. Com a Humanitude, o nosso lar transformou-se num lugar de vida e isto é muito importante. Cuidar em Humanitude é para nós, Abrigo, a resposta que encontramos para a responsabilidade que temos de prestar os cuidados que um dia gostaríamos de receber: cuidados em ternura. Consegui-lo é extremamente exigente. Mas possível.

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Inovação, investigação e intervenção em gerontologia

 

Com o objetivo de promover a apresentação de trabalhos de investigação científica, de projetos de intervenção e a partilha de experiências entre os diversos profissionais e organizações, a Escola Superior de Educação do Porto organizou o 1.º Seminário de Investigação, Inovação e Intervenção em Gerontologia. Neste dia, Dia Mundial da Justica Social, falar sobre práticas de cuidar que respeitam a dignidade da pessoa idosa foi uma responsabilidade maior. Foi com muito orgulho que partilhamos a nossa experiência como Unidade Humanitude no Porto de Abrigo.

É importante continuar a insistir, não perder o ânimo. É importante demonstrar que é possível prestar cuidados a pessoas idosas, em contexto de estrutura residencial, de forma digna. É possível viver num lar de idosos e viver num lugar de vida. É possível prestar cuidados diferenciadores: os cuidados que queremos receber um dia são os cuidados que temos o dever de prestar hoje às pessoas de quem cuidamos.

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Um lugar de vida - Humanitude no Porto de Abrigo

 

Foi com enorme prazer e orgulho que integramos um momento formativo do workshop "Metodologia de cuidados em Humanitude - conceitos e ferramentas de cuidar pacificadoras das pessoas com comportamentos de agitação" organizado pela Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra e pela cooperativa Via Hominis.

Tivemos o privilégio de receber na nossa casa pessoas simpáticas, disponíveis e recetivas para pensar o cuidar em Humanitude. Partilhamos a nossa filosofia de trabalho, o que é cuidar em humanitude todos os dias e o que faz do Porto de Abrigo um lugar de vida. Porque a palavra e a experiência de quem cuida é muito importante, tivemos a oportunidade de ouvir alguns testemunhos da equipa de trabalho do Abrigo. Conseguimos perceber que o impacto que a humanitude tem nos cuidadores ultrapassa a esfera profissional, há também "um antes e um depois da Humanitude" em termos pessoais.

O nosso agradecimento à organização do workshop por nos ter escolhido como um exemplo de boa prática na implementação da filosofia Humanitude em Portugal. Não podemos deixar passar a oportunidade de registar aqui a boa surpresa que nos foi proporcionada. Este dia será recordado na nossa história como o dia em que recebemos a professora Nídia Salgueiro no Porto de Abrigo. Uma honra. Um dia especial. 

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são martinho é ter a casa cheia

Imaginem que convidam a vossa família mais próxima para almoçar. Imaginem que põem a mesa e a vossa família vai chegando, vai sentando, vai estando. Entretanto o almoço fica pronto e sentam-se à mesa, entre conversas. E olham à vossa volta e reparam que a vossa família é composta por mais de 60 pessoas. Organizar um almoço assim é quase uma loucura logística... 

No Porto de Abrigo, o almoço de São Martinho foi uma loucura logística feliz. Recebemos as famílias para almoçar num dia muito bonito, com cheiro a castanha assada. O nosso esforço sabe-nos muito bem quando as pessoas reconhecem o quanto é importante para elas poder estar desta forma, em família, em festa. Porque o Porto de Abrigo é um lar, um lugar de vida, onde há dias de festa, dias de ternura.

 

Somos Unidade Humanitude no SAD

Às vezes é preciso mudar. Foi com esta convicção que abraçámos a ideia de nos reinventarmos depois de 17 anos de quilómetros percorridos pelas ruas e casas de São João de Ver. Não foi um exercício simples. Ainda não é, mas um ano depois, os resultados confirmam aquilo em que sempre acreditámos: é possível fazer diferente e vale a pena fazer melhor!

O final de 2016 vai ficar guardado na memória do Abrigo porque vimos o serviço de apoio domiciliário reconhecido pelo Instituto Gineste-Marescotti Portugal como uma Unidade Humanitude. E porque esse momento feliz foi partilhado pela equipa de cuidadoras com parte daqueles que diariamente nos recebem em suas casas. No dia 10 de Dezembro convidámos as pessoas a conhecerem a nossa casa maior para juntos celebrarmos esta conquista. Diariamente sentimos de modo muito imediato o impacto da nossa presença junto das pessoas de quem cuidamos, mas ouvir de viva voz essa experiência tornou este dia ainda mais especial.

É com orgulho que agradecemos a confiança dos que nos escolhem para os ajudar a viver bem, apesar de tudo, no conforto do seu lar. Para o futuro, esperamos recebê-los mais vezes. E renovamos o compromisso de continuar a revolução e cuidar como gostaríamos que cuidassem de nós, cuidar com o coração.

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Banana e a metodologia de trabalho de projeto

  • O Abrigo
  • creche

Na creche do Abrigo, as nossas educadoras são especialistas na metodologia de trabalho de projeto. De uma forma simples, de acordo com a Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, a metodologia de trabalho de projeto é uma abordagem pedagógica centrada em problemas, ou um estudo em profundidade sobre determinado tema ou tópico (Katz e Chard, 1989). Como todas as metodologias, esta segue etapas e a primeira fase é a da definição do problema: formula-se o problema ou as questões a investigar, definem-se as dificuldades a resolver, o assunto a estudar.

Esta semana, as 18 crianças com idades compreendidas entre os 1 e 2 anos estiveram a estudar em profundidade as frutas. Tudo começou à hora de almoço e com a sobremesa: banana! É uma palavra que todos conseguem dizer e que a dada altura servia para designar todos os frutos, independentemente de serem ou não banana.

Depois da fase de planificação e definição dos objetivos, a fase da execução começou e as crianças partiram para o processo de pesquisa através de experiências diretas: com a identificação das frutas que temos na fruteira. Com um jogo de imagens reais e frutas reais. Inteiras e cortadas. Olhamos por fora e vimos por dentro. Sentimos o cheiro. E claro que provámos. E no fim, com um pouco de canela tão característica do Outono, fizemos um bolo de maça. Finalmente, contámos tudo aos pais no blog da creche. E aqui também.

Porque o que fazemos bem, tem mesmo de ser partilhado!

#ComooprópriodizAllrightcomeonyes

 

Quando dizemos que prestar serviços de apoio ao domicílio é fazer parte da vida das pessoas, na casa das pessoas, não falamos só do que fazemos todos os dias. Falamos de conhecer as pessoas, com calma, respeitando o tempo para se acostumarem à nossa presença e nos darem licença para ajudar. Nem sempre é fácil romper com uma ideia do serviço de apoio ao domicílio mais tradicional, associada à prestação de cuidados a pessoas em situação de grande dependência. E, às vezes, ainda parece atrevimento falar de recuperação da autonomia.

Mas essa ideia, a cada visita que fazemos só para saber se está tudo bem, está a mudar…

Há uns meses caiu. Levamos um susto quando o encontramos, porque fazer parte da vida das pessoas, na casa das pessoas, é criar laços e viver angústias. Estivemos com a esposa a contar os dias e não tardou muito a voltar a casa. De repouso absoluto, porque «uma cirurgia é uma cirurgia e nestas idades nunca se sabe», mas feliz.

Hoje em dia sorri. Estamos de coração cheio, porque fazer parte da vida das pessoas, na casa das pessoas, também é construir histórias felizes. Juntámos a sua vontade de saltar da cama com um par de braços sempre pronto a ajudar e é este o resultado da recuperação. Mesmo a tempo de ir colher e provar o figo doce que cresceu lá atrás no jardim. Podíamos ir embora? Talvez, se não fossemos para a rua todos os dias para dar mais anos à vida. Assim sendo, vamos voltar. Mais logo. Amanhã. E depois. Só para ver se está tudo bem.

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